Maldoror enlouqueceu no Anhangabaú
em
seus cornos retorcidos as seitas pudicas treparam
com
a Sodoma de cabras & serpentes só vísceras
em
sua cabeleira azul crânios infernais instilavam
ácido
nas ventosas em que devotos se reuniam para esfregarem nádegas
toda
a cor que dormia nos seus dentes macerava o plástico do altar
eu acariciava os cachos do
leão-anis
&
ele sangrou uma cidade púrpura voragem
mel
eu
verti libações aos espectros dos manguezais
na
tez marmórea do vento ouvi o cinza dos templos
a
acidez melíflua do sangue era uma névoa
a
face inchada do carbono estampava a crueldade
todos
os cadáveres das bacantes decapitados por mim
na abóbada da catedral eu &
Maldoror urinamos
desmanchamos
a dinastia das feiticeiras
ergui
os nacos das malditas em honra do Leste Nascente
Maldoror
& eu comemos os membros decepados
contemplamos
uma mescla púrpura-avermelhada
sobre
a vulva explorada da Virgem
nossos
deuses dançaram medonhos no carnaval das guerras
dois
cisnes hierofantes deslizamos no tapete
das ruas cariadas.
Vinde conosco dar magia aos
famintos
abri
vossos punhos para eviscerar as sacerdotisas
lavemos
nossas brumas com os olhos fenescentes
Vinde dependurar a pestilência nas
garras do teto lamacento
deixai o sangue da tirania ouvir
vossos leões mortos
Vinde conosco ou abandonai o vento
hierofante da aurora de Maldoror.
Auslegung: Maldoror é a Carta Magna, a Constituição da Poesia Marginal. Na verdade, ele é uma Verfassungslehre da Poesia Maldita. Maldoror não é Humildade, Caridade, Solidariedade, Fraternidade.
Não. Maldoror quer contemplar a beleza da queda humana. Maldoror não é bom com os fracos, com os injustiçados, com os condenados, com os depauperados, com os empobrecidos, enfim, com aqueles que não encaram a tragédia da vida de frente.
Não. Maldoror é uma estrela vibrando contra todo o Social. Sua noção suprema de Bem & Mal é apenas uma interpretação, uma digestão tirânica, da realidade do homem.
Os poetas humildes não terão lugar neste blog. Porque eles não abrigam Maldoror em um templo. Eles preferem a Igualdade. But Equality holds back.
Auslegung: Maldoror é a Carta Magna, a Constituição da Poesia Marginal. Na verdade, ele é uma Verfassungslehre da Poesia Maldita. Maldoror não é Humildade, Caridade, Solidariedade, Fraternidade.
Não. Maldoror quer contemplar a beleza da queda humana. Maldoror não é bom com os fracos, com os injustiçados, com os condenados, com os depauperados, com os empobrecidos, enfim, com aqueles que não encaram a tragédia da vida de frente.
Não. Maldoror é uma estrela vibrando contra todo o Social. Sua noção suprema de Bem & Mal é apenas uma interpretação, uma digestão tirânica, da realidade do homem.
Os poetas humildes não terão lugar neste blog. Porque eles não abrigam Maldoror em um templo. Eles preferem a Igualdade. But Equality holds back.
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