quinta-feira, 4 de outubro de 2012

O LAMENTO DO ARCANJO






Ó Altíssima Radiância,
com uma paixão ardente eu canto esta serenata
Ela caminha envolta em um longo peplo sedoso
                & eu lamento, às lágrimas, sua triste partida
Sua tez sardenta fulge numa etérea castidade
Nunca mais olharei naqueles olhos perfumados pelo Céu
Minha visão enfraquece sem sua Figura
Por favor, dai-me qualquer unguento para estas feridas
Eu sou um ramo de cravos sangrando no funeral desta rubra flor
Eu a amava, & seus olhos hoje desprezam os meus
Nenhuma Harmonia emana daquela boca que recusa a minha
Nascido para a Felicidade, encontrei os infortúnios da Virtude
Para aliviar minhas lágrimas ingênuas, só a Graça do Paraíso

Nenhum comentário:

Postar um comentário