Lábios Enfurecidos pelas Vibrações rugiam em meu Pescoço
eu estive um inseguro Fora da Lei no antro dessas Coxas, & não pude
oferecer Pétalas às Nuvens para umedecer teu Sexo
esta Atração com data para o Infinito senta-se ao lado do Conhaque
nós não seríamos mais felizes se a Patrulha dos Bons Costumes fosse extinta
na hora do Encontro eu abençoo os Cometas explodindo na Cítara desses Olhos
não terei Medo, não terei Horror, não serei Fofoca, Chacota, Mesquinharia, Sociedade
eu apagarei sim o Relâmpago da Morte na Enxurrada dos teus Cabelos Despenteados
terça-feira, 30 de outubro de 2012
sábado, 27 de outubro de 2012
O MAIOR POEMA DE ROBERTO PIVA
"PRISIONEIROS,
DEGREDADOS,
SODOMITAS,
HERÉTICOS,
PIRATAS,
ESTE PAÍS
NASCEU DA
ANARQUIA.
TIVEMOS
TODAS AS
OPORTUNIDADES
PARA VIVER O
MATRIARCADO
DE PINDORAMA,
SUA POESIA &
SEU MITO.
ENTREGAMOS
NOSSA
LIBERDADE
NAS MÃOS
EUNUCAS DA
IGREJA CATÓLICA,
DOS ACADÊMICOS
& DOS
ESQUERDISTAS
DE PAU PEQUENO"
Roberto Piva, Mairiporã,
90
CONSTELAÇÃO DE NERVOS NA GAROTA - poema sobre a lucidez da Sexualidade
Garota do pênis violeta,
o veneno do teu coração virou febre naquela cama
teus seios pronunciaram palavras místicas no noturno dos suores
o corpo que reveste teu espírito é uma mágica fórmula de prazer
& o castanho liso de tua longa cabeleira
goza como o feliz punhal desta Revolução.
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
OS CENTAUROS DE ROMA
Contemplei
os centauros de Roma voando
pelos sertões até as planícies celestes
& suas patas consumidas pela voragem
trituravam as colheitas dos camponeses.
Contemplei
os centauros de Roma disseminando
sortilégios para a devastação não
esmaecer em suas cores românticas.
Contemplei
os centauros de Roma esfolando
as cabeças dos cangaceiros, de suas mulheres,
de seus poetas & de seus coronéis.
Contemplei
os centauros de Roma aumentando
com o gelo & de suas gargantas disparavam
harpias calibre 7.62 para fulminar os fracos.
Contemplei
os centauros de Roma benecômatos
& enregelados decepando cabras valentes,
perturbando o sono dos caudilhos,
engendrando discursos nada cordiais.
Sim,
contemplei os centauros de Roma instaurando
a concórdia pelas armas sangrentas de Marte
& vi que isso era bom.
AURORA DE MALDOROR II
Maldoror enlouqueceu no Anhangabaú
em
seus cornos retorcidos as seitas pudicas treparam
com
a Sodoma de cabras & serpentes só vísceras
em
sua cabeleira azul crânios infernais instilavam
ácido
nas ventosas em que devotos se reuniam para esfregarem nádegas
toda
a cor que dormia nos seus dentes macerava o plástico do altar
eu acariciava os cachos do
leão-anis
&
ele sangrou uma cidade púrpura voragem
mel
eu
verti libações aos espectros dos manguezais
na
tez marmórea do vento ouvi o cinza dos templos
a
acidez melíflua do sangue era uma névoa
a
face inchada do carbono estampava a crueldade
todos
os cadáveres das bacantes decapitados por mim
na abóbada da catedral eu &
Maldoror urinamos
desmanchamos
a dinastia das feiticeiras
ergui
os nacos das malditas em honra do Leste Nascente
Maldoror
& eu comemos os membros decepados
contemplamos
uma mescla púrpura-avermelhada
sobre
a vulva explorada da Virgem
nossos
deuses dançaram medonhos no carnaval das guerras
dois
cisnes hierofantes deslizamos no tapete
das ruas cariadas.
Vinde conosco dar magia aos
famintos
abri
vossos punhos para eviscerar as sacerdotisas
lavemos
nossas brumas com os olhos fenescentes
Vinde dependurar a pestilência nas
garras do teto lamacento
deixai o sangue da tirania ouvir
vossos leões mortos
Vinde conosco ou abandonai o vento
hierofante da aurora de Maldoror.
Auslegung: Maldoror é a Carta Magna, a Constituição da Poesia Marginal. Na verdade, ele é uma Verfassungslehre da Poesia Maldita. Maldoror não é Humildade, Caridade, Solidariedade, Fraternidade.
Não. Maldoror quer contemplar a beleza da queda humana. Maldoror não é bom com os fracos, com os injustiçados, com os condenados, com os depauperados, com os empobrecidos, enfim, com aqueles que não encaram a tragédia da vida de frente.
Não. Maldoror é uma estrela vibrando contra todo o Social. Sua noção suprema de Bem & Mal é apenas uma interpretação, uma digestão tirânica, da realidade do homem.
Os poetas humildes não terão lugar neste blog. Porque eles não abrigam Maldoror em um templo. Eles preferem a Igualdade. But Equality holds back.
Auslegung: Maldoror é a Carta Magna, a Constituição da Poesia Marginal. Na verdade, ele é uma Verfassungslehre da Poesia Maldita. Maldoror não é Humildade, Caridade, Solidariedade, Fraternidade.
Não. Maldoror quer contemplar a beleza da queda humana. Maldoror não é bom com os fracos, com os injustiçados, com os condenados, com os depauperados, com os empobrecidos, enfim, com aqueles que não encaram a tragédia da vida de frente.
Não. Maldoror é uma estrela vibrando contra todo o Social. Sua noção suprema de Bem & Mal é apenas uma interpretação, uma digestão tirânica, da realidade do homem.
Os poetas humildes não terão lugar neste blog. Porque eles não abrigam Maldoror em um templo. Eles preferem a Igualdade. But Equality holds back.
sábado, 6 de outubro de 2012
OS IMORTAIS TAMBÉM AMAM
Da nuvem violeta desceu a Infinita Loucura,
& ela proferiu, brandindo a lança:
"Ela não virá. Tua barba & tua cabeleira são de uma Fúria.
Tens na pele feridas de antigos combates ao meu lado.
Teu verbo desejoso por demais a assustou.
Fulguras decadente, como eu quando cai, soberbo,
& ela vive a mediocridade mundana, o sonho da fama & da fortuna.
Desperdiçaste teu ardor apaixonado com uma vil mortal guiada pela mediania.
Ela não virá.
Eu vim para dizê-lo."
Fulgente, ascendeu o Perpétuo Venenoso, sempre atacante.
Eu, tolo, ruflava minhas asas rumo ao poente, & ali me deitei,
envergonhado, despido, humilhado, vencido.
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
O LAMENTO DO ARCANJO
Ó Altíssima Radiância,
com uma paixão ardente eu canto esta serenata
Ela caminha envolta em um longo peplo
sedoso
&
eu lamento, às lágrimas, sua triste partida
Sua tez sardenta fulge numa etérea
castidade
Nunca mais olharei naqueles olhos
perfumados pelo Céu
Minha visão enfraquece sem sua Figura
Por favor, dai-me qualquer unguento
para estas feridas
Eu sou um ramo de cravos sangrando no
funeral desta rubra flor
Eu a amava, & seus olhos hoje
desprezam os meus
Nenhuma Harmonia emana daquela boca
que recusa a minha
Nascido para a Felicidade, encontrei
os infortúnios da Virtude
Para aliviar minhas lágrimas
ingênuas, só a Graça do Paraíso
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